O revés para o seu maior rival, neste domingo, ratificou a queda de produção do Corinthians no Campeonato Brasileiro e aumentou a pressão sobre Tite no comando técnico. Após a derrota de virada para o Palmeiras, não contestada por ele, o treinador admitiu o momento ruim que o time atravessa, mas valorizou seu currículo e disse que precisará suportar essa fase.
"Técnico é a primeira vidraça e tem de saber suportar. É ouvir, ter a responsabilidade e responder, trabalhar", comentou, acelerado. "Eu sei do meu trabalho, mas dou direito a todas as pessoas para refletirem a respeito. Quem comanda tem a responsabilidade. Eu quero é ter a paz do meu trabalho. Sei que não vou agradar a todos, mas, no fundo, sou eu comigo mesmo".
Consigo próprio, Tite terá que arrumar o time nos próximos dois dias para a partida de quarta-feira, contra o Grêmio. Um novo tropeço no Pacaembu poderá não ser tolerado pelo presidente Andrés Sanchez, que está insatisfeito com o desempenho principalmente como mandante.
"O presidente Andrés, o Roberto (de Andrade, diretor de futebol) e o Duílio (Monteiro Alves, diretor adjunto de futebol) é que são as pessoas ideais para falar. Eu tenho título nacional, internacional, regional e um monte de vices também", defendeu-se o Tite, que viu seu time ter apenas duas vitórias nos últimos nove jogos, com ainda quatro derrotas e três empates.
"Tem que avaliar tudo. Agora é momento de emoção, e eu tenho que saber controlar esse momento. Não posso analisar só um número, só o clássico", concluiu o treinador corintiano.
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