sábado, 27 de dezembro de 2014

RESERVA NO SHAKHTAR, DENTINHO VOLTARIA AO CORINTHIANS POR LIBERTADORES

Dentinho ainda não se firmou no Shakhtar Donetsk | Em 2011, Dentinho foi homenageado pelo Shakhtar por ter feito o gol 1.200 do time | Crédito: Divulgação Nos tempos de Corinthians: 55 gols em 187 jogos | Crédito: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians

A solução do Corinthians para uma possível saída deGuerrero em 2015 pode estar mais perto do que parece. Dentinho, cria do Timão, está disposto a voltar.
Em entrevista à PLACAR, o atacante, maior artilheiro do Corinthians no século 21, com 55 gols, revelou que, por uma boa oferta, pensaria apenas 'uma vez' para fechar com o time do coração e jogar a Libertadores de 2015. Dentinho fala também sobre o seu momento no Shakhtar Donetsk, no qual é reserva, de Mano Menezes e Tite.
Você deixou o Corinthians em 2011 como o maior artilheiro do time no século 21. No Shakhtar, foram apenas seis gols em três anos e boa parte do tempo na reserva. Se arrepende da mudança?
Não. Você tem um lado para escolher, Preferi dar um futuro melhor para a minha família. (Jogar no Shakhtar) tem sido um aprendizado pra mim. O técnico roda o time todo. É claro que a gente fica chateado, porque quer jogar, mas faz parte. Nesta temporada tenho jogado mais. Sei que tenho condições de garantir minha vaga no time.
A forte concorrência de jogadores brasileiros dificultou suas chances no Shakhtar?
É do gosto do treinador. Quem chegou antes joga, tem prioridade. Hoje a vez é do Douglas Costa e do Alex Teixeira. Jogador brasileiro se estressa quando não joga, mas minha hora chegará. Foi assim com Fernandinho e Willian, que hoje estão na Inglaterra.Tenho um futuro brilhante pela frente.
Acha que seu futebol evoluiu nos últimos anos? Em que aspecto essa experiência na Ucrânia te ajudou?
Sem dúvida. Os treinos aqui são muito mais intensos do que no Brasil. Os treinadores pegam no pé. Aqui, treino é jogo. Evolui muito na marcação, mas sigo mantendo o mesmo estilo de jogo: aberto pela beirada do campo, partindo pra cima do adversário. No Shakhtar já joguei de volante e até lateral direito, tudo para agradar o treinador (risos).
Tem acompanhado o Corinthians?
Claro, é o time do meu coração! Minha história lá é muito bonita. Bate uma saudade enorme.
O que achou da demissão do Mano Menezes, técnico com quem você viveu sua melhor fase no Corinthians?
Eu não teria mandado embora. Essa segunda passagem não foi ruim. Ele vinha remontando o time, e isso leva tempo. Tenho muito carinho pelo Mano, foi com ele que, de fato, virei titular. Em 2008, depois do rebaixamento, eu pensava que voltaria ao time júnior, mas ele menteve a confiança no meu futebol.
E o Tite, técnico com quem teve curta parceria, o que esperar nesse retorno?
No pouco tempo em que trabalhamos juntos, o Tite me ensinou muita coisa. Ele, aliás, foi o primeiro a dizer que, um dia, eu chegaria à seleção brasileira. Tenho certeza de que o Corinthians terá um novo período vitorioso com o Tite no comando.
Durante esses três anos de Ucrânia, você recebeu alguma sondagem do futebol brasileiro?
Sim, entre cinco e seis propostas.
Entre esses times estava o Corinthians, certo?
Não posso dizer (risos).
A possibilidade de trabalhar com o Tite e de disputar a Libertadores impulsionariam um retorno ao Corinthians já em 2015?
Tenho três anos de contrato com o Shakhtar e não posso prever o futuro. Mas o coração falaria mais alto, com certeza! (Se houvesse uma proposta) pensaria uma única vez. O Shakhtar tem histórico de dificultar transferências mas, se fosse por uma boa proposta, conversariamos.
Nas oitavas da Liga dos Campeões, o Shakhtar terá ninguém menos que o Bayern de Munique. Existe alguma chance de o time ucraniano avançar?
Tudo pode acontecer. Temos que jogar bem em casa (Nota da Redação: o primeiro jogo acontece no dia 17 de fevereiro, em Lviv; a volta será realizada em 11 de março, em Munique) e marcar muito fora, jogar fechadinho. Se eles não estiverem tão inspirados, temos uma chance. Mas vai ser muito difícil.
Fonte: Placar

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