sábado, 11 de janeiro de 2014

WOLFSBURG ACEITA OFERTA DO TIMÃO, QUE FICA PERTO DE ANUNCIAR FAGNER

Fagner jogou pelo Vasco na última temporada


Detalhes burocráticos separam a confirmação do retorno de Fagner ao Parque São Jorge após sete anos. Os dirigentes corintianos enviaram uma proposta de empréstimo sem custo ao Wolfsburg (ALE), dono seus direitos econômicos e federativos, e a resposta foi positiva. O Timão pagará luvas e salários ao jogador, de 24 anos.
O lateral-direito retornará ao clube que o formou com novo status: de 'bebê' a solução. Tudo porque, em janeiro de 2007, recém-promovido da base, atuou sete vezes na equipe profissional, destacou-se e decidiu não renovar o contrato que acabaria dois meses depois.
Apesar do vacilo dos dirigentes do Timão, que não perceberam a necessidade de estender seu vínculo antes de o jovem ganhar holofote na equipe principal, o lateral-direito foi considerado uma espécie de desertor, sendo acusado por boa parte da torcida de ingratidão.
Fagner, na ocasião, foi alvo de críticas pesadas dos dirigentes corintianos e também do técnico Emerson Leão, que não perdoou a saída repentina, principalmente, diante da necessidade da época - Eduardo Ratinho, Edson e Coelho se machucaram simultaneamente (ao lado, a palavra do treinador).
Em entrevista ao LANCE! na véspera do duelo entre Vasco e Corinthians, pelas quartas de final da Libertadores-12, o pai de Fagner, seu Calisto, deu a versão do caso.
- Ninguém veio falar comigo. Uma vez um cara do clube me ligou e falei para marcar algo lá. Não era assim, por telefone, com qualquer um. Colocaram por trás outras pessoas, aí nos levaram a um empresário. O Fagner foi vendido para o PSV e o Corinthians ficou de fora - disse, lembrando do fim de 2006.
- Não vou citar nomes pois não tem como provar, mas teve gente lá de dentro que ganhou dinheiro em cima do Fagner sem nós sabermos. Eles fizeram a cachorrada com o Corinthians e nós que saímos como vilões disso aí - desabafou Calisto.
COM A PALAVRA
Emerson Leão, ex-técnico do Corinthians, ao Lancenet
'Aquilo foi a influência negativa do futebol'
'Aquilo (saída repentina de Fagner, em janeiro de 2007) foi a influência negativa do futebol. O clube investiu, o treinador acreditou e teve a coragem de oferecer uma chance de atuar na equipe profissional e, para a surpresa de todo mundo, ele se foi. Eu tenho certeza de que tinha grandes coisas reservadas para ele, mas ele foi infeliz na decisão que tomou e decidiu sair. Não teve reciprocidade. Acabou se reencontrando no Vasco e, agora no Corinthians, espero que não perca a segunda chance no clube, pois aquela alegria dele (de atuar apenas sete jogos) foi uma glória prematura.
Fagner tem apenas 24 anos e olha a trajetória que ele fez... Está na hora de pensar se valeu a pena ter tomado aquela atitude. A saída dele foi uma grande decepção para mim, que era o treinador, pois foi um descuido de um clube que ficou sem seu atleta (por não renovar o contrato antes de atuar pelo profissional). Eu não posso avaliá-lo depois de sete anos, mas o vejo pela televisão e sei que é um bom lateral, que apoia bastante e sabe marcar.'
Fonte: Lancenet

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