Paulinho marcou aos 42 do segundo tempo e colocou o Corinthians entre os quatro melhores do continente
Após 12 anos o Corinthians está de volta às semifinais da Libertadores. Contra um Vasco valente, em um Pacaembu lotado e tenso, o time paulista fez 1 a 0 e é um dos melhores times do continente.
O “espírito de Libertadores” era tão vivo no Pacaembu que até o famoso canto das torcidas latino-americanas de “esta noche tenemos que ganar” foi traduzido para o português.
Com este cenário todo favorável, a classificação veio da forma mais corintiana. Um gol solitário aos 42 minutos do segundo com Paulinho eliminou o Vasco nas quartas de final da Libertadores e devolveu o Corinthians às semifinais do torneio pela primeira vez em 12 anos. Tite, expulso no início do segundo tempo, assistiu o gol nos “braços da Fiel” nas numeradas.
O Vasco teve nos pés de Diego Souza a chance de marcar o gol que poderia selar a vaga vascaína. Cássio, novo xodó corintiano, salvou. Com o gol de Paulinho, que fez o Pacaembu cair em lágrimas de alegria, aquela defesa teve ainda mais valor.
Agora, o Corinthians pega ou Santos ou o vencedor de Libertad e Universidad de Chile na próxima fase. Se o Santos eliminar o Vélez nesta quinta, será ele o adversário nas semifinais. Se der Vélez, o time argentino mudará de chave e pegará o Boca Juniors já que a Conmebol força o confronto de times do mesmo país na semifinal.
O jogo
O clima de decisão que vinha de fora do gramado foi logo tomado pelos jogadores. Misturando a tensão natural das grandes decisões com a necessidade do gol que faltou no jogo de ida em São Januário, os dois times demoraram para conseguir atacar com perigo.
Foram 20 minutos de poucos lances de gol. A bola parada dava o tom às principais jogadas e o primeiro lance de verdadeiro perigo veio com Emerson que aproveitou um ataque confuso corintiano iniciado em lateral cobrado por Alessandro para a área. A bola sobrou para o “Sheik” que chutou com perigo, mas fraco. A bola desviou na zaga e acabou saindo à direita de Fernando Prass.
O Corinthians ainda teve uma boa chance após cruzamento de Danilo para Paulinho, aos 31 minutos, quando o volante cabeceou forte parando somente em boa defesa do goleiro vascaíno. Do lado carioca, Juninho Pernambucano foi quem mais levou perigo, principalmente nas bolas paradas. Numa delas, Cássio espalmou para o meio da área e contou com a sorte quando a bola bateu em Alessandro e voltou para suas mãos. A bola queimava corintianos e vascaínos.
A grande expectativa de ver o Corinthians classificado para uma semifinal de Libertadores depois de 12 anos também esquentou os ânimos dos próprios torcedores que chegaram a discutir entre eles nas numeradas. A segurança precisou intervir para evitar uma briga entre os corintianos. Foto: Gazeta PressO jogo foi quente e teve princípio de brigaNo campo, a tensão também era latente. Aos 35, Jorge Henrique, o mais enervado dos corintianos, fez falta dura em Éder Luís e os dois se desentenderam. Precisaram ser contidos pelos companheiros como os seguranças das arquibancadas. A confusão rendeu um cartão amarelo para cada um. Foram as primeiras advertências dadas pelo árbitro gaúcho Leandro Vuaden.
O primeiro tempo terminou como começou o primeiro duelo há uma semana. Sem gols. Tanto Corinthians como Vasco tentaram quatro finalizações, insuficiente para mudar o placar.Nos vestiários, tanto Tite como Cristóvão Borges preferiram não mudar nada nos times que iniciaram também o jogo da ida.
Logo no inicio do segundo tempo, Thiago Feltri se machucou e Felipe foi escalado para jogar na lateral-esquerda, sua posição quando surgiu no Vasco em 1997. No Corinthians, nada de mudança no campo, mas sim no banco. Após falta de Emerson em Rodolfo logo a sua frente, Tite reclamou com Vuaden que o expulsou. O treinador foi para as numeradas comandar o time.
De lá, viu o Vasco ter a chance mais clara do jogo, o famoso gol feito, nos pés de Diego Souza. Aos 17 minutos, quando o Corinthians pressionava com seus 10 jogadores de linha no campo de defesa do Vasco, o último homem Alessandro rifou uma bola no peito do camisa 10 vascaíno. Assim, do meio campo, Diego Souza partiu para o gol corintiano com apenas um ponto amarelo à sua frente. Era Cássio, que com seus 1,95m cresceu outros dois metros para cara a cara com Diego Souza se esticar todo para espalmar o chute rasteiro.
Tite suou gelado no frio Pacaembu. Ali, ao lado de corintianos de todas as cores, o treinador virou um mais um torcedor. Junto ao alambrado, orientou Willian antes de ele substituir Jorge Henrique. Também ouviu reclamações, afinal ali onde estava todos são técnicos. Ao invés de tirar Alex, o que menos agradava os torcedores, sacou Emerson, cansado, para dar nova chance a Liedson.
Ali, com os torcedores, Tite pôde comemorar com eles. Aos 42 minutos, com Paulinho, personagem importante em toda a campanha, o Corinthians conseguiu o gol que o leva de volta às semifinais da Libertadores. FICHA TÉCNICA: CORINTHIANS 1 x 0 VASCO Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo Data: 23 de maio de 2012, quarta-feira Horário: 22h (de Brasília) Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (FIFA-RS) Cartões Amarelos: Jorge Henrique, Alessandro, Emerson (COR); Éder Luis, Juninho Pernambucano, Nilton, Renato Silva (VAS) Renda: R$ 2.723.055,00 Público: 35.974 pagantes Gol: Paulinho aos 42 minutos do 2º tempo
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique (Willian) e Emerson (Liedson). Técnico: Tite.
VASCO: Fernando Prass, Fagner, Rodolfo, Renato Silva e Thiago Feltri (Felipe); Rômulo, Nilton, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Éder Luis (Carlos Alberto) e Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges
Um comentário:
Estamos na Semifinal da Libertadores da América !!
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