terça-feira, 28 de junho de 2011

Corinthians define orçamento de até R$ 850 mi para seu estádio

Com custos definidos, Corinthians aguarda Câmara para assinar contrato com BNDES e Odebrecht



O estádio do Corinthians será orçado entre R$ 750 e R$ 850 milhões de acordo com o diretor de marketing do clube, Luís Paulo Rosenberg. O preço estimado do “Fielzão”, hoje, continua em R$ 700 milhões, diz o dirigente, mas a inflação nos próximos três anos, até a conclusão das obras, em dezembro de 2013, pode interferir no custo final da obra do estádio candidato a abrir a Copa de 2014.




“Uma coisa é a estimativa do custo e a outra a variação do custo nos próximos três anos. No preço fixo que tenho de fechar com o BNDES tenho que incluir essa variação e estamos fazendo um estudo econométrico desse reajuste. Eu diria que fechando o orçamento entre R$ 750 e 850 milhões, você certamente vai ter essas garantias”, disse Rosenberg durante evento em que apresentou o relatório de sustentabilidade do clube em 2010, no Parque São Jorge.



“Um estádio de Copa sai entre 750 e 850 com o custo presente de 700, mas tem avanço de mão de obra, preço do cimento, o reajuste inflacionário e isso não abala a estrutura financeira. No fim, a receita para o Corinthians acompanha a receita do estádio e vai ser elas por elas”, completou.



A assinatura do contrato de financiamento entre BNDES, Odebrecht e Corinthians ainda não foi firmado e precisa ser feito até o dia 11 de julho, data limite para se apresentar à Fifa as garantias financeiras do empreendimento em Itaquera. “O BNDES quando financia os estádios da Copa tem que ter preocupação que não está financiando um pedaço e sim uma obra com começo, meio e fim. Se São Paulo quer ter estádio de abertura, maior do que era o estádio do com custo maior, o BNDES vai exigir que haja comprovação dos recursos do estádio”, comentou.



Para se ter essa assinatura, clube e parceiros esperam que a Câmara Municipal vote o projeto de lei que autoriza a prefeitura de São Paulo a isentar o clube do pagamento de impostos por conta do desenvolvimento que a obra levara para a região leste.



Porém, a Câmara adiou nesta terça-feira a primeira votação de tais incentivos fiscais para viabilizar a construção de estádio de 65 mil lugares, necessário para receber a abertura da Copa de 2014. Rosenberg não mostra preocupação quanto à construção do estádio e diz que ele sair mesmo se os vereadores votarem contra o projeto.



“Essa é uma questão política, ligada à vontade da prefeitura de São Paulo de hospedar a abertura. Os ganhos são enormes, muito mais que esse benefício menciona e diz respeito à uma lei já existente para a Zona Leste. A lógica vai prevalecer, independente de ser Corinthians, independente de ter vereadores do São Paulo (Aurélio Miguel, do PR), o bem estar da cidade vai ser atendido”, comentou. “O Corinthians continua com seu projeto, vai ser construído e tenho absoluto serenidade para dizer que vai ser o estádio da abertura”.

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